EDUCAÇÃO E SÍNDROME DE DOWN
Uma boa educação é um bem enorme que produz benefícios pessoais durante
toda a vida. Isso não é diferente para pessoas com síndrome de Down. Além de
transmitir conhecimentos acadêmicos, a escolarização é um passo fundamental no
desenvolvimento psicoafetivo e no processo de socialização. Conviver com
pessoas de diferentes origens e formações em uma escola regular e inclusiva
pode ajudar ainda mais as pessoas com síndrome de Down a desenvolverem todas as
suas capacidades.
Antigamente, acreditava-se que as pessoas com síndrome de Down nasciam
com uma deficiência intelectual severa. Hoje, sabe-se que o desenvolvimento da
criança depende fundamentalmente da estimulação precoce, do enriquecimento do
ambiente no qual ela está inserida e do incentivo das pessoas que estão à sua
volta. Com apoio e investimento na sua formação, os alunos com síndrome de
Down, assim como quaisquer outros estudantes, têm capacidade de aprender.
É importante destacar que cada estudante, independentemente de qualquer
deficiência, tem um perfil único, com habilidades e dificuldades em
determinadas áreas. No entanto, algumas características associadas à síndrome
de Down merecem a atenção de pais e professores, como o aprendizado em um ritmo
mais lento, a dificuldade de concentração e de reter memórias de curto prazo.
Na seção Dicas para pais e educadores, você encontra diversas sugestões para
facilitar a aprendizagem de pessoas com deficiência intelectual.
Educação inclusiva no Brasil
Seguindo os preceitos constitucionais de que toda criança tem direito
inalienável à educação, a política na área da educação pública no Brasil nos
últimos anos tem sido a inclusão dos estudantes com síndrome de Down e outros
tipos de deficiência na rede regular de ensino, com um crescimento
significativo do número de matrículas nos últimos anos. No entanto, nem sempre
esta inclusão se dá de maneira satisfatória: geralmente faltam recursos humanos
e pedagógicos para atender às necessidades educacionais especiais dos alunos.
Mas nota-se que esta prática é generalizada e não ocorre por discriminação. A
escola pública brasileira tem que melhorar muito, e acreditamos que a prática
inclusiva pode contribuir para alcançarmos uma escola de qualidade para todos.
Algumas escolas particulares estão enfrentando dificuldades para
modificar seu funcionamento e atender da melhor forma possível as necessidades
de seus estudantes, com ou sem deficiência. No caso de pais de alunos com
deficiência intelectual, os obstáculos aumentam – frequentemente, eles têm que
pagar para que profissionais acompanhem seus filhos durante as aulas. Isso não
está correto, assim como a postura de determinadas escolas que se recusam a
matricular crianças e jovens com síndrome de Down alegando a falta de preparo
para recebê-los.
O artigo 8º da Lei 7.853/89 especifica que recusar a inscrição de um
aluno em qualquer escola, seja pública ou privada, por motivos relacionados a
qualquer deficiência, é crime. Além de receber uma multa, os diretores ou
responsáveis pela escola que se negar a matricular pessoas com deficiência
podem ser punidos com reclusão de um a quatro anos.
Se a escola primária inclusiva no Brasil está apenas engatinhando, o
ensino médio e o superior constituem um grande desafio. Ao mesmo tempo em que
os alunos com síndrome de Down vão finalmente encontrando espaços para
progredir e avançar na sua educação, as escolas e universidades precisam se
adequar a esta nova situação. É possível notar que cada vez mais jovens com
síndrome de Down concluem o Ensino Médio, com ou sem adaptações curriculares.
Atualmente, existem pelo menos 20 brasileiros com síndrome de Down cursando o
Ensino Superior em cursos não adaptados.
(fonte: http://www.movimentodown.org.br/educacao/educacao-e-sindrome-de-down/
para saber mais, visite o site).
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